Cirurgias ortopédicas em idosos

O aumento da parcela da população idosa, associado a uma vida mais ativa, falta de informação sobre as situações que expõem ao risco maior de quedas, como casa segura, calçados, iluminação ambiente e visão deficiente, coloca esse grupo de pessoas a um maior risco de acidentes, provocando, sobretudo, fraturas no fêmur, junto ao quadril, com uma elevada taxa de mortalidade com necessidade de cirurgias ortopédicas.

Considerações pré-operatórias no paciente idoso >

Cirurgias ortopédicas

Trauma ortopédico em idosos

O trauma ortopédico é definido pelas lesões musculoesqueléticas resultantes de acidentes que variam desde traumas mais simples, como acidentes domésticos, quedas simples e entorses, até traumas mais graves como acidentes de trânsito, queda de alturas ou mesmo resultantes de esporte de alto rendimento. As situações e objetos que mais expõem os idosos ao risco de quedas são calçados, iluminação ambiente e visão deficiente. Por isso, proporcionar um ambiente físico seguro ao idoso é extremamente importante para garantir sua qualidade de vida e independência funcional para evitar cirurgias ortopédicas.

Os riscos

Durante o processo de envelhecimento biológico, não apenas o osso, mas todas as estruturas componentes do aparelho locomotor são atingidas, ocorrendo alterações na estrutura óssea, nos músculos, nas articulações e nos tendões nas várias regiões do organismo. Portanto existem vários fatores de risco identificados como possíveis causadores de quedas em pacientes idosos: déficit visual e auditivo, alteração da marcha, equilíbrio, déficit cognitivo e uso de medicamentos, particularmente cardiovasculares e psicotrópicas, doenças degenerativas das articulações, fraqueza muscular, demências, etc.

Cuidados

Os aspectos sociais e cuidados com o ambiente dos idosos são fundamentais para diminuir os riscos de queda. A ideia de proporcionar um ambiente físico seguro ao idoso é extremamente importante para garantir qualidade de vida e independência funcional a essas pessoas. Outra ação importante envolve a programação de ações educativas, preventivas e promocionais na educação em saúde no sentido de reduzir o número de idosos internados por fratura, possibilita a vivência de envelhecimento ativo.

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Tratamento

O tratamento da maioria das fraturas do quadril são as cirurgias ortopédicas, sendo tratamento não operatório reservado somente a algumas fraturas, com diagnóstico tardio, em casos de pacientes em que o risco cirúrgico seja maior do que o benefício da cirurgia. A cirurgia visa retorno precoce às atividades pré-fratura, seja através de fixação estável da fratura, com hastes, placas ou parafusos e substituição por prótese nas fraturas desviadas do colo do fêmur.

As complicações da fratura, como trombose venosa, distúrbios cardiorrespiratórios, urinários, escaras (úlceras/lesões causadas pela pressão local). e demência, estão relacionadas ao tempo de imobilidade do paciente, portanto é importante o tratamento e mobilização precoce.

Reabilitação pós cirurgias ortopédicas

O processo de reabilitação no idoso deve ocorrer de forma sutil e gradativa após as cirurgias ortopédicas. O período compreendido entre a restrição do paciente ao leito e o retorno ao movimento de marcha (caminhada) é crítico e deve ocorrer o mais breve possível. A capacidade física também é afetada, pois a atrofia muscular aumenta rapidamente e a recuperação será mais lenta, quanto mais longo for o período de imobilidade.

A mobilização precoce do idoso vítima de trauma é prioritária e constitui aspecto importante no processo de recuperação. Devem ser realizados exercícios ativos e passivos ainda no leito, os quais progridem assim que possível para atividade em cadeira de rodas e finalmente para deambulação.

Síndrome da pós-queda no idoso >