Sim, pode ocorrer dor mesmo após mais de 1 mês da cirurgia, porque quem precisa de uma meniscectomia parcial já está com o menisco adoecido. Não é “culpa” da cirurgia (quando a lesão meniscal foi corrigida).
Quando se faz a meniscectomia, seja do menisco medial ou lateral, nós removemos a porção do menisco que está danificada. O ideal é reparar (suturar) o menisco sempre que possível, mas quando optamos pela meniscectomia significa que não era possível reparar o menisco.
O menisco possui funções importantes para a saúde do joelho. Uma delas é proteger o joelho contra o impacto (as forças) do dia a dia. E outra delas é permitir que os ossos do joelho (fêmur e tíbia) encaixem melhor um no outro.
Se o menisco está parcialmente danificado, significa que ele não está funcionando adequadamente. Com isso, seu joelho começa a ser sobrecarregado; e, por conseguinte, você sente dor devido sobrecarga da articulação. Além disso, podem já existir lesões associadas, como lesão osteocondral, sobrecarga do mecanismo extensor, sinovite, etc.
Então, vale à pena fazer a meniscectomia parcial?
Sim, porque o objetivo da meniscectomia parcial é aliviar a dor e evitar a inflamação do joelho provocada pelo pedaço (flap) do menisco que está doente e fica irritando o joelho quando você se movimenta.
Perceba que essa dor é diferente da dor resultante da sobrecarga do joelho, que é produzida pelo mau funcionamento do menisco. São dores diferentes. Assim, caso não fosse realizada a meniscectomia parcial, esperar-se-ia a combinação dessas duas dores, constituindo uma situação ainda pior.
Sempre que obtemos resultado insatisfatório após a cirurgia, é necessário entender a causa. Pode ser somente a evolução natural da doença que você já possui.
Então melhorando uma dor, tem de tratar as outras causas subsequentes, com fisioterapia, infiltrações, viscossuplementação, reabilitação muscular, etc.
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