Fratura da patela – causas e tratamentos

fratura da patela

A patela é um dos três ossos que compõe o joelho, junto com fêmur e a tíbia, localizando-se na parte anterior do joelho, na frente do fêmur – bem na região onde ‘enxergamos’ o joelho ao sentar em uma cadeira com os pés apoiados no chão.

A patela faz parte de um grupo de ossos chamados sesamóides. Esses ossos ficam localizados em tecidos tendinosos, ou seja, são interligados com tendões. Isso faz com que eles tenham funções importantes auxiliando na amplitude de movimento, por facilitar o deslizamento do tendão na passagem articular, e também ajudando a proteger a região em que se encontram.

A patela, em específico, ajuda a proteger toda a estrutura do joelho, além de ser essencial para a movimentação do quadríceps (músculo da coxa / extensor do joelho) e força muscular do joelho.

Fraturas de patela são raras, representando apenas 1% das fraturas totais do esqueleto humano.

tipos de fratura de patela

Causas da fratura de patela

Fraturas de Patela podem acontecer por traumas diretos ou indiretos. O trauma direto se dá diretamente na patela. Em geral, ele ocorre por uma queda sobre o joelho e em acidentes de carro, moto e bicicleta. A Osteoporose e alguns distúrbios de equilíbrio são fatores que podem contribuir para que haja a Fratura da Patela.

Já os casos de trauma indireto se dão por uma grande – e anormal – contração do quadríceps, impedindo a patela de se manter estabilizada, ocasionando as fraturas do tipo avulsão.

Sintomas da fratura de patela

O quadro de sintomas da fratura patelar é composto por uma dor intensa e imediata no joelho, inchaço (também instantâneo após o trauma) e, com o tempo, o surgimento de hematoma no local.

Diagnóstico

O diagnóstico da fratura da patela ocorre pela junção do exame clínico e de exames de imagem. O histórico do trauma e os sintomas já são capazes de ajudar o médico ortopedista a diagnosticar previamente a fratura, mas é necessário realizar exames de imagem para concluir o diagnóstico e identificar o tipo da fratura e o grau de desvio.

tratamentos para fratura da patela

Tratamentos para fratura de patela

Tratamento especializado e individualizado em Brasília / DF.

Os tratamentos para fratura da patela vão variar de caso para caso, de acordo com a classificação, idade , exame físico e de imagens.

As fraturas mais ‘simples’, com desvios pequenos inferiores a 3mm, costumam ser tratadas conservadoramente, sem necessidade de intervenção cirúrgica. Nesses casos, ocorre a imobilização da perna e a anulação de carga (o paciente não pode caminhar ou realizar qualquer outro tipo de força sobre o joelho e perna). Esse período pode variar entre quatro e seis semanas.

Nos casos onde houve desvio superior a 3mm, de fraturas expostas ou fragmentadas (com diversas fraturas) a indicação do tratamento é cirúrgica.

O método utilizado na cirurgia vai variar dependendo da gravidade da fratura. Se for possível, as fraturas de patela podem ser corrigidas com a implantação de parafusos ou pinos que vão estabilizar o osso novamente no lugar correto. Fraturas cominutivas está indicado o uso de placas com parafusos.

Em casos mais complexos, pode ser indicada a patelectomia total ou parcial, ou seja, a retirada de um pedaço ou de toda a patela e o ligamento direto dos tendões. Os médicos procuram evitar ao máximo esse tratamento e aplicá-lo somente em casos muito específicos.

Após a cirurgia, o tratamento segue semelhante ao conservador: com período de imobilização, seguido por fisioterapia e exercícios contínuos para recobrar a força e a mobilidade.

Complicações

Como toda fratura, sempre existem as possíveis complicações. Em qualquer tratamento pode ocorrer a não consolidação da fratura, complicação associada a alguns fatores de risco tal como tabagismo ou a idade mais avançada. Pode ocorrer também uma nova fratura no mesmo local, com um trauma muito menor, isto acontece normalmente nos primeiros 3 meses de tratamento.

Após o procedimento cirúrgico, utilizando banda de tensão, boa parte dos pacientes incomodam-se com o material metálico colocado na patela. Isto pode levar a uma nova cirurgia para a retirada deste material. Porém isto é uma escolha do paciente.

>>> O que é a Luxação de patela >>>
>>> O que é condropatia patelar? >>>

A longo prazo, uma fratura mais complicada pode evoluir com artrose (desgaste) na articulação da patela, isto é uma consequência relativamente comum a todas as fraturas articulares. Isto deve ser tratado individualmente.

placa para fratura da patela

Perguntas frequentes

O que é Patelectomia?2020-03-08T21:43:19-03:00

Patelectomia é a cirurgia que realiza a retirada da patela, osso anterior do joelho. Atualmente é uma cirurgia de exceção, sendo utilizada apenas em casos muito selecionados. Leva como sequela à perda de força e não infrequentemente está associada a distrofia simpático reflexa.

Como é a recuperação da cirurgia de patela?2023-06-11T09:43:23-03:00

Conservador: são 3 semanas imobilizado no tratamento da fratura de patela, com mais 3 semanas podendo mexer o joelho, sem carga.

Operatório: mexer no pós-operatório imediato. Em cerca de dois meses e meio a três meses a carga pode ser evoluída. Todo o processo de reabilitação pode durar de seis meses a um ano dependendo das atividades realizadas pelo paciente.

Quando quebra a patela?2023-06-11T09:42:50-03:00

A maioria das fraturas da patela acomete a superfície articular (cartilagem articular), isto é, a parte do osso que desliza durante o movimento. Pode ocorrer devido uma contração súbita do joelho ou por trauma direto.

O que é fratura da patela?2023-06-11T09:42:14-03:00

Esse tipo de fratura no joelho ocorre por choque direto quase sempre por queda com o joelho fletido. As fraturas podem ser transversas ou cominutivas e podem ser provocadas também por uma contração violenta do quadríceps durante o exercício físico.

2023-05-31T18:53:21-03:00

Sobre o Autor:

Dr. Márcio R. B. Silveira, formado em 2006 pela faculdade federal de medicina da Universidade de Brasília (UnB), com especialização, no ano de 2009, em Traumatologia e Ortopedia pela residência da SES / DF, com subespecialização, no ano de 2012, em cirurgia do joelho e trauma esportivo em Belo Horizonte / MG, acompanhando os médicos do Cruzeiro Esporte Clube nos hospitais Maria Amélia Lins, Lifecenter, Belo Horizonte, Belvedere e João XXIII. Médico ortopedista especialista em Traumatologia com foco em Esportiva (ombro, quadril, tornozelo, pé, cotovelo), Cirurgia do Joelho, Adulto e Infantil, e Ortopedia do Idoso em Brasília / DF.

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