Luxação acromioclavicular – tratamento

Luxação acromioclavicular

A luxação acromioclavicular ocorre na articulação acromioclavicular (LAC) localiza-se na parte superior do ombro, na parte mais lateral da clavícula. Ela é uma articulação importante pois a clavícula é a única conexão entre o ombro e o tronco. Essa articulação é sustentada por 2 grupos de ligamentos: entre a clavícula e o acrômio e entre a clavícula e uma proeminência da escápula chamada coracóide.

A luxação acromioclavicular ocorre por trauma direto na parte de trás do ombro (escápula), comumente por queda de altura. Os ligamentos entre a clavícula e o acrômio são os mais superficiais e são os primeiros a serem lesados. Dependendo da energia do trauma, os ligamentos entre a clavícula e o coracóide podem ser lesados, dando origem às luxações mais graves.

Tratamento especializado e individualizado em Brasília / DF.

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Sintomas da luxação acromioclavicular

Após o trauma, que é bem característico, pode ocorrer dor e edema (inchaço) na articulação acromioclavicular, que pode ser facilmente palpada como um degrau na parte mais lateral da clavícula. Nos casos mais graves, a clavícula fica saliente para cima, dando origem ao “sinal do cabide”.

Tipos de luxação acromioclavicular

Existem 6 tipos diferentes de luxação. As luxações mais simples são as do tipo 1 e 2, que são tratadas de modo conservador (não operatório). Nesses casos há pouca ou nenhuma deformidade estética. Raramente esses casos evoluem com dor crônica, sendo possível seu tratamento cirúrgico tardio. A luxação do tipo 3, em que há luxação da clavícula entre 25 a 100% em relação ao lado normal, o tratamento é muito controverso mesmo entre os médicos.

A maior tendência no mundo tem sido a de tratar sem cirurgia. No entanto, alguns casos são diagnosticados como tipo 3 de maneira incorreta, dificultando a escolha do tratamento e os resultados finais. As luxações do tipo 4, 5 e 6 são mais graves e sempre de tratamento cirúrgico.

Luxação acromioclavicular

Tratamento conservador

Tipoia por 3 semanas. Após fisioterapia para reabilitação. Retorno para os esportes após 3 meses.

Tratamento cirúrgico

Existem muitas técnicas diferentes para essas lesões. Quando as lesões tem menos que 3 semanas, é realizada a fixação entre a clavícula e a escápula. Essa fixação pode ser com fios de sutura muito resistentes através de técnica aberta ou com dispositivos especiais por via artroscópica. Quando o caso tem mais que 3 a 4 semanas, é necessário o uso de algum reforço chamado biológico.

Esse reforço pode ser de um ligamento do próprio ombro (cirurgia de Weaver-Dunn), de um tendão do joelho do paciente (semelhante às cirurgias de reconstrução do ligamento cruzado do joelho) ou até mesmo de um banco de tecido.

Perguntas frequentes

O que é o cíngulo do ombro?2023-04-27T11:32:13-03:00

A cintura escapular, também chamada de cíngulo peitoral, é um anel ósseo incompleto posteriormente. A cintura escapular é formada por dois conjuntos de ossos: as escápulas (omoplatas), posteriormente, e as clavículas, anteriormente, e é completada anteriormente pelo manúbrio do esterno (parte do esqueleto axial).

Onde fica a articulação acromioclavicular?2020-03-20T16:15:12-03:00

Articulação entre a clavícula e o acrômio (acromioclavicular). A articulação esternoclavicular situa-se entre a ponta medial da clavícula e o manúbio do esterno.

O que é luxação da articulação acromioclavicular?2020-03-20T16:13:07-03:00

A luxação da articulação acromioclavicular é uma lesão bastante comum, principalmente em determinados desportos de contacto (rugby, futebol). Na maioria das luxações traumáticas do ombro ocorre também lesão da articulação acromioclavicular (AC). A AC é a ligação entre a escápula (omoplata) e a clavícula.

2023-10-22T20:28:33-03:00

Sobre o Autor:

Dr. Márcio R. B. Silveira, formado em 2006 pela faculdade federal de medicina da Universidade de Brasília (UnB), com especialização, no ano de 2009, em Traumatologia e Ortopedia pela residência da SES / DF, com subespecialização, no ano de 2012, em cirurgia do joelho e trauma esportivo em Belo Horizonte / MG, acompanhando os médicos do Cruzeiro Esporte Clube nos hospitais Maria Amélia Lins, Lifecenter, Belo Horizonte, Belvedere e João XXIII. Médico ortopedista especialista em Traumatologia com foco em Esportiva (ombro, quadril, tornozelo, pé, cotovelo), Cirurgia do Joelho, Adulto e Infantil, e Ortopedia do Idoso em Brasília / DF.

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