Novo tratamento para osteoporose
Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 10 milhões de pessoas convivem com a osteoporose no Brasil. Dessas, apenas 20% reconhecem a presença da doença em suas vidas. O dado apresentado revela a importância da discussão do tema, uma vez que, apesar de estar presente na vida de mulheres pós-menopausa com maior frequência, a osteoporose pode atingir outros grupos.
O tratamento para osteoporose já existe e, na maioria das vezes, atua nas células de reabsorção óssea, uma vez que esse processo contribui para o avanço da doença. Além disso, é interessante notar que grande parte deles precisam ser feitos com uma temporalidade regulada.
Além das novidades terapêuticas no tratamento para osteoporose, nos últimos anos, tem sido discutida a caracterização dos pacientes com risco muito alto de fraturas. Entre elas, aqueles pacientes com densidade óssea baixa, múltiplas fraturas prévias, alto risco de quedas e que fazem uso de glicocorticoides.
Romosozumabe
Romosozumabe pertence à classe dos anticorpos monoclonais e é utilizado no tratamento para osteoporose.
É um novo anticorpo monoclonal formador de osso que se liga e inibe a esclerostina, com um duplo efeito de aumentar a formação óssea e diminuir sua reabsorção. A ideia da criação do romosozumab surgiu com base na observação da deficiência de esclerostina como defeito molecular de síndromes genéticas que apresentavam massa óssea aumentada com qualidade normal. Foi visualizado o papel fundamental da esclerostina como mediadora da atividade osteoblástica e da formação óssea.
Os tratamentos mais comumente utilizados para a osteoporose são antirremodeladores que diminuem a formação óssea, bem como a reabsorção óssea, impedindo sua capacidade de restaurar a arquitetura esquelética ou curar a osteoporose. Os análogos dos hormônios das paratiroides aumentam a formação óssea, mas também ativam a reabsorção óssea, limitando a resposta anabólica ou de formação óssea. O romosozumab, por outro lado, promete agir favorecendo a formação óssea, sem ativar vias de reabsorção.
Tem efeito duplo: evita perda da massa óssea, além de regenerar as partes já comprometidas pela doença. O medicamento é indicado para o tratamento da osteoporose em mulheres na pós-menopausa com alto risco de fratura ou pacientes que falharam ou são intolerantes a outra terapia de osteoporose disponível. A terapia traz a possibilidade de aumentar a densidade mineral óssea e fortalecer a estrutura esquelética do corpo humano, reduzindo significativamente o risco de fratura.
Custo: R$850,00 / mês – tem de usar por 1 ano, 1x/mês

Denosumabe
Denosumabe é um anticorpo monoclonal totalmente humano utilizado no tratamento para osteoporose, que foi desenvolvido usando-se tecnologia de camundongo transgênico. Denosumabe liga-se com grande afinidade ao ligando RANK, o que impede a interação desse ligando com seu receptor, RANK, presente na superfície dos osteoclastos e seus precursores. Assim, o denosumabe inibe a atividade osteoclástica, reduzindo a reabsorção no osso trabecular e cortical.
O tratamento com denosumabe reduz significativamente o risco de fraturas vertebrais, não vertebrais, e de quadril em mulheres pós-menopausadas com osteoporose. O denosumabe mostrou-se eficaz em diminuir o risco de fraturas vertebrais independentemente das seguintes características basais: DMO; taxa de turnover ósseo; e histórico de fraturas.Para o tratamento de mulheres na pós-menopausa com osteoporose ou que apresentam alto risco de osteoporose.
Custo: R$790,00 – aplicação de 6/6 meses
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