Osteocondrite dissecante do joelho

osteocondrite dissecante

A causa da osteocondrite dissecante (OCD) do joelho é desconhecida, porém trauma repetitivo durante atividade físicas, isquemia e influência genéticos estão relacionados a osteocondrite. Geralmente, a OCD acomete adolescentes. A osteocondrite tem predominância no sexo masculino (5 homens:3 mulheres). A maioria das lesões (70%) se localizam no côndilo femoral medial. O côndilo lateral (15-20%) e a patela (5-10%) também são locais possíveis de ocorrer.

Sintomas da osteocondrite dissecante

A osteocondrite dissecante do joelho pode não apresentar nenhum sintoma inicialmente. Alguns pacientes começam com sintomas inespecíficos como dor na frente do joelho, discreto inchaço e dor de leve intensidade. Com o progredir da doença, os pacientes podem sentir inchaço permanente, bloqueio do movimento do joelho, estalos, falseios e crepitações.

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Diagnóstico da osteocondrite dissecante

A osteocondrite dissecante deve ser diagnosticada e acompanhada por um ortopedista especializado. Geralmente, são necessários exames de radiografia e ressonância magnética para diagnóstico e planejamento de tratamento.

Tratamento especializado e individualizado em Brasília / DF.

fases da osteocondrite dissecante

Tratamento conservador

O objetivo do tratamento conservador da osteocondrite dissecante é de promover a cicatrização do osso abaixo da cartilagem (osso subcondral) para prevenir o colapso, fratura e formação de lesão complexa da cartilagem. O tratamento depende da idade e maturidade esquelética do paciente, bem como do tamanho e localização da lesão.

Quanto mais jovem o paciente, maior a chance de melhores resultados com o tratamento conservador. O tratamento conservador é melhor indicado em pacientes com esqueleto imaturo, com as fises de crescimento abertas e sem sinais de instabilidade de acordo com a ressonância magnética. O tratamento conservador consiste em modificações das atividades do paciente com limitação das atividades esportivas.

Alguns casos é necessário a utilização de muletas para retirar o peso sobre o joelho acometido. O tratamento dura de 6 a 9 meses e deve ser acompanhado de perto pelo ortopedista. Caso não apresente melhora dos sintomas e os exames de imagem não demonstrem cicatrização da lesão, o tratamento cirúrgico pode ser instituído.

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Tratamento cirúrgico

O tratamento cirúrgico da osteocondrite dissecante deve ser considerado em pacientes com lesões instáveis ou deslocadas, falha do tratamento conservador e pacientes próximos da maturidade esquelética. A cirurgia pode ser realizada de maneira artroscópica ou aberta a depender de cada caso. Os objetivos do tratamento são de promover a cicatrização do osso subcondral, manter a congruência da cartilagem e fixar os fragmentos instáveis.

As lesões estáveis com cartilagem preservada devem ser tratadas com diversas perfurações do osso subcondral para estimular o sangramento local e cicatrização. As lesões instáveis com fragmentos viáveis devem ser fixadas com pinos metálicos, absorvíveis, parafusos ou palitos ósseos. Casos mais avançados de osteocondrite dissecante nos quais o fragmento de cartilagem não pode ser reinserido, opta-se pelo tratamento de reparo de cartilagem, com membrana estimuladora de cartilagem associado com microperfuração óssea ou mosaicoplastia.

Perguntas frequentes

O que é o osso Subcondral afetado na osteocondrite?2020-03-16T21:02:29-03:00

A osteocondrite trata-se de uma doença adquirida em que o osso subcondral (osso abaixo da cartilagem) se torna avascular, ou seja, perde o suprimento sanguíneo, desestabilizando a cobertura cartilaginosa.

O que é osteocondrite no joelho?2020-03-16T20:58:35-03:00

A osteocondrite dissecante (OCD) é um processo patológico que atinge o osso subcondral do joelho em criança e adolescente (OCDJ) e adultos jovens (OCDA) com efeitos secundários sobre a cartilagem articular com dor, edema, possível formação de corpos livres e sintomas mecânicos, inclusive bloqueio articular.

2024-03-24T18:01:56-03:00

Sobre o Autor:

Dr. Márcio R. B. Silveira, formado em 2006 pela faculdade federal de medicina da Universidade de Brasília (UnB), com especialização, no ano de 2009, em Traumatologia e Ortopedia pela residência da SES / DF, com subespecialização, no ano de 2012, em cirurgia do joelho e trauma esportivo em Belo Horizonte / MG, acompanhando os médicos do Cruzeiro Esporte Clube nos hospitais Maria Amélia Lins, Lifecenter, Belo Horizonte, Belvedere e João XXIII. Médico ortopedista especialista em Traumatologia com foco em Esportiva (ombro, quadril, tornozelo, pé, cotovelo), Cirurgia do Joelho, Adulto e Infantil, e Ortopedia do Idoso em Brasília / DF.

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