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- Programar o uso de muletas que serão levadas ao hospital e serão retiradas entre 14º e 20º dias de pós-operatório.
- Manter o curativo limpo e seco, secando e cobrindo após banho.
- O primeiro curativo poderá ser trocado no 1º de pós-operatório. Caso seja tegaderm (curativo plástico), pode molhar no banho, e trocar no 3º ao 5º dia de pós-operatório.
- Usar a medicação prescrita, analgésica e anti-inflamatória durante 7-10 dias.
- Manter o joelho com extensão completa, não colocar travesseiros abaixo do joelho.
- Manter o joelho elevado o maior tempo possível.
- Andar com auxílio de muletas, dividindo o peso entre o membro operado e as muletas a partir da terceira semana. Ao caminhar, procurar apoiar inicialmente o calcanhar para estimular a extensão do joelho.
Primeiras 24 horas de pós-operatório:
– Posicionamento no leito:
– Membro inferior em elevação, com extensão total do joelho, se possível com bolsa de gelo;
– Manter o pé apontado para cima;
– Estimular a mobilização da panturrilha;
– Não colocar nada (travesseiros) abaixo do joelho. É importante que se consiga a extensão completa do joelho no primeiro dia de pós-operatório.1º dia de Pós-operatório:
– Exercícios de contração do músculo quadríceps:
– Mobilização do tornozelo;
– Exercícios ativos dos pés;
– Crioterapia (gelo), se possível, 20 minutos a cada 6 horas.2º, 3º e 4º dia de Pós-operatório:
-Exercícios isométricos de quadríceps o maior tempo possível:
-Manter-se o maior tempo possível na cadeira, evitando o leito;
-Fazer flexão do joelho, preferencialmente até 90º;
-Manter exercícios anteriores;
-Iniciar descarga de peso parcial sobre o membro operado, com auxílio de muletas.Fases de cicatrização do LCA e reabilitação
O conceito da cicatrização do enxerto e aderência aos túneis após a reconstrução do ligamento cruzado anterior deve ser desenvolvido em paralelo à reabilitação e ao treino do paciente.
Com relação à resistência do enxerto, verifica-se a seguinte progressão:
• 53% até o 3º mês
• 45% do 3º ao 6º mês
• 81% do 6º ao 9º mês
• 90% no 12º mêsNote que do 3º ao 6º mês, em tese, seria a época de menor resistência do enxerto e coincide com a fase de 100% de independência para atividades da vida diária, como subir e descer escadas, dirigir e trotar. Mesmo após uma reabilitação muito bem feita, o retorno ao esporte ainda é contraindicado, pois uma entorse aparentemente inócua pode afrouxar o enxerto e comprometer o resultado da cirurgia.
Ligamentização
O objetivo da reabilitação é a manutenção da amplitude de movimento, retorno da força muscular, treino de equilíbrio (propriocepção) e tratamento dos déficits e desequilíbrios musculares.
Fases de reabilitação do ligamento cruzado anterior
Fase I (1ª semana):
Objetivo – controle da dor e edema;
Repouso relativo;
Exercícios isométricos para quadríceps;
Marcha com muletas;
Especial atenção deve ser dada para que se consiga a extensão completa do joelho.Fase II (2º a 4º semana):
Objetivo – ganhar arco de movimento (mínimo de 0º a 90º);
2º semana: exercícios isométricos, flexão ativa (em prono ou sentado) e mobilização da patela;
Ganho progressivo de ADM, até flexão simétrica em relação ao lado contralateral;
3º semana: carga parcial, inicia bicicleta estacionária sem carga;
4º semana: acrescenta ½ kg de carga nos exercícios isométricos; Retirada das muletas.Fase III (2º mês):
Objetivo – iniciar ganho muscular e controle motor;
Alongamento de isquiotibiais, muito cuidadoso se o enxerto utilizado foi o semitendíneo;
Treinamento de marcha, iniciar o apoio com o calcanhar, forçando a extensão, sem claudicar (mancar);
Carga progressiva nos exercícios isométricos.Fase IV (3º e 4º meses):
Objetivo – incentivar ganho muscular e propriocepção;
Inicio das atividades em academia de ginástica (poderá se iniciado antes, desde que autorizado pelo cirurgião);
Exercícios de cadeia cinética fechada – bicicleta, “leg press”, “stepper”; Exercícios proprioceptivos;
Exercícios de cadeira cinética aberta: mesa flexora;
Manter os exercícios isométricos;
Inicia corrida progressiva (esteira).Fase V (após 4 meses):
Treinamento dos exercícios de impacto;
Exercícios de cadeira cinética aberta: mesa extensora;
Inicia corrida progressiva (pista);
Alongamentos gerais.Fase VI (após 6 meses):
Treinamento esportivo e programa de manutenção;
(exercícios aeróbicos e localizados);
Incentivado o treinamento esportivo específico do paciente, sem competição.Fase VII (após 8 meses):
Retorno ao esporte competitivo.Protocolo de seguimento <– — semanas — –> <– meses –> 1ª-2ª 3ª-4ª 5ª-6ª 7ª-8ª 9ª-12ª 4º 5º 6º Amplitude de movimento – 0-90 graus X – 0-120 graus X – 0-total graus X Mobilização patelar X X X X Descarga de peso – 1/4-1/2 peso corporal 14º dia – 3/4-total peso corporal 18º dia Modalidades – Eletroneuro-estimulação X X X X X X – Crioterapia (edema e dor) X X X X X X X X Alongamento – Isquiotibiais, quadríceps, gastrocnêmios, TIT, rotadores externos X X X X X X X X Fortalecimento – Isométrico quadril X – Isotônico quadril X X X – Quadríceps e esquiotibiais co-contração X – Cadeia cinética fechada sem descarga de peso X – Cadeia cinética fechada com descarga de peso X X X X – Isométrico joelho X X X – Isotônico Joelho (90-60 graus) X X – Isotônico Joelho (20 – 0 graus) X – Leg Press (70 – 10 graus) X X X X – Isotônico de Tornozelo X X – Exercícios globais livres X X Equilíbrio / Propriocepção – Sem descarga de peso X X – Com descarga de peso X X X X X X – Multi-direcional / Esporte X X Condicionamento – Bicicleta estacionária X X X X X X X – Elíptico X X X X X X X – Natação X X X X X – Caminhada X X X X – Trote X X X X – Corrida X X X Hidroterapia X Pliometria X X X X Esporte X Orientações gerais: