Como caracteriza-se a instabilidade patelofemoral?
Chamamos de instabilidade femoropatelar a disfunção que surge quando existe falta de estabilidade na articulação formada pela patela e o fêmur. Essa é uma disfunção multifatorial que pode gerar dor e impedir os movimentos fisiológicos de membros inferiores. Ela também pode gerar a subluxação ou luxação da patela.
Em boa parte dos casos, o paciente nos procura para reclamar que a patela “saiu do lugar” ou por causa da crepitação da articulação (condropatia).
Pode acontecer por causa de traumas diretos na região ou por instabilidades geradas por outros fatores. É comum em pacientes com valgo do joelho, já que o desalinhamento dessa região diminui a estabilidade patelar.
Também precisamos considerar a posição da articulação femoropatelar e suas consequências. A tróclea rasa (ou displasia da tróclea) é um fator importante de instabilidade. Outra situação predisponente seria tuberosidade anterior da tíbia (TAT) muito lateralizada, aumentando a TA-GT (> 20 mm), e lateralizando o tendão patelar.
Outra possibilidade para o desenvolvimento de instabilidade femoropatelar é a existência de alterações biomecânicas dos joelhos e quadris. A patela alta, por exemplo, é um fator de risco presente em muitos pacientes com tensão exacerbada nos retos femorais.
Devemos prestar atenção especial durante a avaliação do quadril, seus desvios podem causar encurtamento de musculaturas estabilizadoras do joelho, provocando o valgo dinâmico.
Biomecânica do movimento patelar >
- Dr. Márcio Silveira on 13 de maio de 2023 às 17:08:55
Este post foi criado por Dr. Márcio Silveira Ligar 14/05/2019.
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