Queda em idosos – prevenção

queda em idosos

Quedas podem acontecer em qualquer idade, mas com o passar dos anos um pequeno desequilíbrio ou obstáculo na rua pode levar a uma fratura mais grave. Isso acontece porque algumas doenças causam a redução da mobilidade ou do campo visual ou da resistência óssea, fazendo com que, a queda em idosos, nas atividades como tomar banho ou ir ao supermercado possam significar um risco maior para a saúde.

A queda se trata de um evento não intencional de deslocamento do corpo durante um movimento executado que é incapaz de ser corrigido. É um problema sério de saúde pública e de relevante impacto social na vida dos idosos, relacionando as consequências desse evento à perda de confiança, baixa autoestima, isolamento social e depressão.

Consequências da queda em idosos

Queda em idosos é o mais frequente e sério problema de acidente doméstico registrado em idosos que pode resultar em hospitalização, dependência de locomoção e até a morte.

Uma parcela de 30% dos idosos acima de 65 anos sofrem quedas pelo menos uma vez por ano e metade já moram em asilos ou casas de repouso, sendo mais frequente em mulheres que homens e os riscos aumentam consideravelmente em idosos acima de 75 anos, de acordo com um estudo realizado em comunidades americanas.

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Dados do Ministério da Saúde mostram que cerca de 30% dos idosos caem ao menos uma vez por ano. Entre os que possuem mais de 80 anos, esse número sobre para 40%. Em geral, 25% dos que caem precisam ser hospitalizados e, destes, apenas metade sobrevive após um ano da ocorrência.

O perigo está próximo

Entre os idosos, A queda em idosos está associado a dois fatores: os intrínsecos e os ambientais. No primeiro caso, o episódio é causado por conta de uma dificuldade de física, uma doença, o uso de medicamentos ou consequência de sequelas de um AVC ou problema cardíaco. Já no segundo grupo estão esquadrados os acidentes domésticos, como um tropeço no tapete da sala ou na rua, causado por uma calçada malfeita, por exemplo.

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queda em idosos

Antes de fazer qualquer alteração na casa, no entanto, é importante conversar com o idoso, considerando sua opinião e autonomia durante o processo.

Evite queda em idosos

Geralmente, o principal fator de risco para a queda em idosos (na 3ª idade) é o envelhecimento, que é quando ocorre maior perda de massa muscular, aumenta o desiquilíbrio e as dificuldades visuais. O uso de calçados e roupas inadequadas, o sedentarismo e presença de objetos e degraus pela casa também contribuem para que a ocorrência de quedas aumente e, por isso, é importante adorar algumas medidas para que elas sejam evitadas.

Nos casos em que o idoso possui limitações motora, visual, de equilíbrio ou reflexo, estas dicas podem ajudar a reduzir o risco para acidentes:

  • Usar sapatos fechados, bem adaptados ao pé e com sola antiderrapante, evitando andar descalço ou com chinelos;
  • Não usar roupa comprida ou larga para evitar tropeçar;
  • Fazer atividade física e exercícios de alongamento todas as semanas para manter os ossos e músculos ativos.
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  • Manter uma alimentação rica em cálcio e vitamina D, para evitar o enfraquecimento dos ossos e a osteoporose;
  • Ir ao oftalmologista pelo menos 1 vez por ano, para ajustar o grau do óculos;
  • Informe o médico, caso o medicamento tenha algum efeito colateral que comprometa as atividades cotidianas do paciente.
prevenção de queda em idosos

Como preparar a casa do idoso

Para evitar a ocorrência de queda em idosos é importante fazer alterações em todos os cômodos da casa do idoso. Elas incluem:

  • Iluminar bem a casa: é essencial que as várias divisões estejam bem iluminadas e que durante a noite exista uma luz de presença no quarto;
  • Manter o espaço da casa amplo: é importante remover móveis, tapetes e objetos, como vasos, que atrapalhem a movimentação da pessoa. Além disso, é importante prender os fios dos eletrodomésticos à parede e, se possível, por um piso antiderrapante, principalmente na cozinha e casa de banho;
  • Evite o uso de tapetes ou utilize adesivos para fixa-los melhor ao piso;
  • Manter os objetos ao alcance do idoso: deve-se manter todos os objetos ao alcance da pessoa, como os interruptores da luz, assim como não utilizar a parte mais alta dos armários.
  • Usar apoios: é importante colocar barras de segurança na casa, por exemplo dentro do box, que dão mais equilíbrio ao idoso. Alguns idosos com dificuldade para andar pode precisar de apoios como bengalas ou andadores, como forma de ter mais segurança na locomoção;
  • Ter atenção aos degraus, que devem ser evitados e substituídos por rampas, mas caso isso não seja possível, é importante colocar faixas antiderrapantes e pintá-los com cores chamativas e por corrimão para dar melhor apoio.

Modificações nos cômodos para evitar queda em idosos

Banheiro:
1. Use tapetes emborrachados antiderrapantes;
2. Mantenha uma boa iluminação utilizando lâmpadas fluorescentes;
3. Utilizar cores diferentes na parede e no piso em relação ao assento sanitário e a pia do banheiro;
4. Instalar barras de apoio laterais e aumentar a altura do assento sanitário;

Quarto:
1. Usar tapetes fixos ao chão e não encerar o piso;
2. Usar sapatos com solado antiderrapante;
3. Ajustar a altura da cama e colchão firme;
4. Ter um abajur ou interruptor de luz próximo à cama;

Sala:
1. Deixar o caminho livre de fios e sem bagunça;
2. Preferir sofás firmes e altos;
3. Utilizar poltronas com braços;

Cozinha:
1. Utilizar armários fixos e de fácil alcance;
o Escadas:
1. Deve possuir corrimão nas laterais;
2. Estar livre de objetos;
3. Utilizar fitas antiderrapantes nos degraus;
4. Ter interruptores de luz na parte superior e inferior da escada;

O que fazer em caso de queda em idosos

Em caso de queda em idosos, fique atento se a queda resultar em lesão, corte, hematoma ou cause dor. Observe se o idoso perdeu a consciência ou não conseguir se levantar sozinho.

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Dependendo da gravidade, é importante chamar imediatamente um serviço de emergência para o transporte adequado da vítima até o hospital. Mesmo nas situações menos graves, os especialistas dizem que o idoso deve ser avaliado posteriormente por um especialista.

Perguntas frequentes

Capacidade funcional, autonomia e independência no idoso2022-09-20T17:37:24-03:00

De forma geral, definimos Capacidade Funcional como a habilidade de executar tarefas cotidianas, simples ou complexas, necessárias para uma vida independente e autônoma na sociedade. Um idoso com boa capacidade funcional se mantém independente e desfrutando da sua vida social até uma idade mais avançada.

Independência e autonomia são outros termos frequentemente utilizados na área de envelhecimento. A independência relaciona-se com a habilidade de realizar, sem auxílio de outras pessoas, as atividades de vida diária (banho, alimentação, continência, vestir- se, deambular etc.).

A autonomia é a capacidade que o indivíduo possui de tomar decisões e gerenciar a sua própria vida.

A avaliação da capacidade funcional permite atender as demandas específicas do indivíduo, norteando seu plano de cuidado, identificando riscos e prevenindo prejuízos na qualidade de vida do idoso.

Como reduzir quedas em idosos?2023-06-10T23:59:29-03:00
  1. Elimine tudo aquilo que possa ser obstáculo ou provocar escorregões dentro de casa, como fios, tapetes e outros objetos.
  2. Instale suportes, corrimãos e outros acessórios de segurança no banheiro, na sala, nos corredores e no quarto.
  3. Faça os idoso realizar atividades físicas regulares, mesmo que pareça pouco, para melhorar a força muscular e equilíbrio.
Quais as consequências da queda no idoso?2023-06-10T23:58:48-03:00

Graves porque a falta de mobilidade e a dependência, características de um período pós-queda, devido também as alterações degenerativas da idade avançada, podem acarretar em acúmulo de secreções nos pulmões, pneumonia, distúrbios gastrointestinais, infecção do trato urinário, diminuição do fluxo sanguíneo, osteoporose, AVC e até demência.

Quais são as principais causas de quedas em idosos?2023-06-11T09:57:13-03:00
Os principais fatores de risco para queda em idosos, incluem:
  1. Sedentarismo;
  2. Demência ou confusão mental;
  3. Uso de medicamentos em excesso;
  4. Ambiente domiciliar;
  5. Equilíbrio prejudicado;
  6. Doenças;
  7. Incontinência;
  8. Desnutrição.
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Sobre o Autor:

Dr. Márcio R. B. Silveira, formado em 2006 pela faculdade federal de medicina da Universidade de Brasília (UnB), com especialização, no ano de 2009, em Traumatologia e Ortopedia pela residência da SES / DF, com subespecialização, no ano de 2012, em cirurgia do joelho e trauma esportivo em Belo Horizonte / MG, acompanhando os médicos do Cruzeiro Esporte Clube nos hospitais Maria Amélia Lins, Lifecenter, Belo Horizonte, Belvedere e João XXIII. Médico ortopedista especialista em Traumatologia com foco em Esportiva (ombro, quadril, tornozelo, pé, cotovelo), Cirurgia do Joelho, Adulto e Infantil, e Ortopedia do Idoso em Brasília / DF.

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